"Em briga de marido e mulher, não se mete a colher"
Colher vem do grego "kokhlus". O homem primitivo usava conchas de moluscos para mexer os alimentos, durante sua preparação. Ou para serví-los à mesa. Depois passaram a ser fabricadas com osso e pedra. Mais tarde foram-se sofisticando, no material e na forma. Maiores para a sopa, menores para a sobremesa. Câmara Cascudo descreve esses utensílios quase como um jogo de sedução: "na hierarquia do talher, a faca é presença agressiva; enquanto a colher, para o povo, é a mão com os dedos unidos, assegurando a concavidade receptora e natural". Pode-se meter a colher em quase tudo. Mas, pensando bem, nessa briga melhor mesmo é deixar a colher de fora.
Colher vem do grego "kokhlus". O homem primitivo usava conchas de moluscos para mexer os alimentos, durante sua preparação. Ou para serví-los à mesa. Depois passaram a ser fabricadas com osso e pedra. Mais tarde foram-se sofisticando, no material e na forma. Maiores para a sopa, menores para a sobremesa. Câmara Cascudo descreve esses utensílios quase como um jogo de sedução: "na hierarquia do talher, a faca é presença agressiva; enquanto a colher, para o povo, é a mão com os dedos unidos, assegurando a concavidade receptora e natural". Pode-se meter a colher em quase tudo. Mas, pensando bem, nessa briga melhor mesmo é deixar a colher de fora.
"Não sou colher de pau para mexer mingau"
Qualquer mingau que se preze é sempre feito em fogo brando com colher de pau. Isso toda gente sabe. É assim desde a mais remota antiguidade. Para que a farinha (de trigo, de arroz, de sêmola, de milho, de mandioca), em contato com o leite, não forme caroços.