O gato...
Sempre que pode
foge prá rua,
cheira o passeio
e volta pra trás,
(...)
Quando abro a porta corre pra mim
como acorre a mulher aos braços do amante.
Pego-lhe ao colo e acaricio-o
num gesto lento,
vagarosamente,
do alto da cabeça até ao fim da cauda.
Ele olha-me e sorri, com os bigodes eróticos,
olhos semi-cerrados, em êxtase,
ronronando.
(pintei estas telhas para a minha irmã.)